terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

SAUDADE#



A saudade silencia os espaços vazios
Os poros fechados
Se dilatam dando passagem
Aos meus rios
As desavenças cativas
Perdem motivo

 Guardadas, as fotos
No coração se eternizam
Como um cantinho de agrados
Memórias que caminham comigo  

As músicas
Se propagam, misturam-se
Aos sons do dia
Segue a vida
Espalha-se por todos os lados

A saudade ocupa espaços vazios
E o que se escondia com todo cuidado
Pra se manter contraditoriamente esquecido
Aos poucos,
Se liberta ...


Adeus, saudade!

Suas asas
Espelham luzes
Num sopro de imaginação


A eternidade
Dessas estrelas
É meu abrigo

O nosso sentimento, pai
Pede uma frequência nas alturas:
Saudade em dobrado sustenido


Maris Figueiredo


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