Às
vezes, o mar arrebenta. Quebra recifes, parece desordenado. E tudo é
tormenta.
De repente, as ondas perdem força, o mar recua... A areia
retorna e desliza suavemente em filetes de água. A vida parece o mar. Meu
cenário nesses dias é de desconstrução... Procuro uma ilha. Uma grande
falta de coragem me sentir aflita aos movimentos comuns da vida.
Me recolho num esforço inúmero pra acompanhar os movimentos do mar em dias de tormenta e gozar sua brandura.
Ultimamente, tenho fechado os olhos e mergulho... Castelos na areia
não sobrevivem, mas são belos e alegram a alma. Desconstruções e
construções são condições de quem existe, e existir me parece mais que
viver.
MARIS FIGUEIREDO
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